Às 5:00 da manhã de domingo, 21 de junho, 18 religiosas e dois leigos sairam de Goiânia para encontrar as familias sem terra que estava ocupando o Latifúndio Fazenda Santa Monica, perto de Corumbá, Goiás.    Chegaram poucoas horas após da entrada na terra, e encontraram pessoas cansadas mas cheio de convicção, desejos e sonhos de uma vida digna na terra,   dispostas de lutar pela Reforma Agrária.    As irmãs passaram o dia visitando e conversando com as pessoas que estavam todas construindo barracas,  se organizando em Núcleos, preparando comida, e no fim do dia reunindo em Assembleia.  Foi uma presença que marcou cada uma que presenciava o movimento, e o grupo fez um compromisso de continuar uma presença de apoio e solidariedade no fim de junho e julho.    Em seguida, a nota publicada pelea MST: 


Na madrugada desde domingo (21), cerca de 3 mil famílias do MST ocuparam pela segunda vez a Agropecuária Santa Mônica, registrada no nome do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), um complexo de mais de 21 mil hectares e autodeclaradas improdutivas.


As propriedades do senador ficam entre os municípios de Abadiânia, Alexânia e Corumbá, a 100 km de Brasília e 120 Km de Goiânia. Segundo dados levantados pelo próprio MST, ao todo as propriedades do senador alcançam mais de 20.000 hectares e são auto-declaradas improdutivas.


O  MST retorna à área devido o não cumprimento por parte do Governo Federal de, após 60 dias da reintegração de posse da área, serem assentadas cerca de 1100 famílias. Outra parte não cumprida do acordo foi a realização de estudo sobre a legalidade da posse do Senador Eunício Oliveira sobre as 21 mil hectares do complexo, uma vez que há grande volume de informações na região sobre a grilagem da área.


Diante desta situação, o Acampamento Dom Tomás Balduíno, símbolo da luta popular e pela terra no Goiás, afirma sua determinação em permanecer na área até que o governo destine o complexo latifundiário para fins de reforma agrária.


Com essa ocupação, o MST reafirma seu compromisso com a sociedade brasileira de lutar pelo fim do latifúndio, contra o agronegócio e pela produção de alimentos saudáveis para o povo da cidade e do campo.


A não realização da Reforma Agrária só interessa a uma pequena elite que defende apenas seus interesses, não os do Brasil. Por isso, seguimos em luta! E avisamos ao senador e aos poderes estadual e federal: viemos para ficar, queremos Reforma Agrária já!


Lutar, construir reforma agrária popular!
Corumbá – Goiás, 21 de junho de 2015
Direção Estadual do MST-Goiás