O Rio de Janeiro sediará nos dias 14 a 16 de novembro, a Cúpula do G20 Social, uma inovação instituída pelo governo brasileiro, que preside pela primeira vez o G20, grupo composto pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e a União Africana. Nas presidências anteriores, a sociedade civil costumava se reunir em iniciativas paralelas à programação oficial. Com o G20 Social, essas reuniões foram integradas à agenda construída pelo Brasil. O objetivo é ampliar o diálogo entre os líderes governamentais e a sociedade civil.

Nesses 3 dias, representantes de populações dos países do G20 vão poder participar dos debates finais sobre o texto que está sendo construído desde agosto. Haverá 271 atividades que abarcam as mais distintas reivindicações desenvolvidas ao longo de quase um ano pela sociedade civil e movimentos sociais, organizados em 13 grupos de engajamento que trabalham desde agosto: C20 (sociedade civil); T20 (think tanks); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).

No dia 15, representantes de populações dos países do G20 vão poder participar de três plenárias para discutir os três eixos propostos pela presidência brasileira ao G20 e dialogar sobre as proposições dos 13 grupos de engajamento.

  • A primeira plenária será dedicada a debater o Combate à Fome, Pobreza e Desigualdades, reunirá o ministro brasileiro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o representante permanente da África do Sul junto à FAO, o presidente da Organização Pan-Africana de Agricultores e a representante da Sociedade Civil Brasileira e presidente do CONSEA.
  • A segunda plenária debaterá Sustentabilidade, Mudança do Clima e Transição Justo com o ministro brasileiro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, o Secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, uma da economista, diplomata e Negociadora chefe do Acordo de Paris, uma liderança indígena brasileira e a representante da Sociedade Civil Brasileira e Diretora Técnica do DIEESE.
  • A terceira plenária vai discutir a Reforma da Governança Global terá o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República do Brasil, a coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres, um escritor coreano, e o representante da sociedade civil brasileira, da Confederação Sindical Internacional (CSI).

Já no dia final, 16 de novembro, os participantes poderão acompanhar a entrega do documento final ao do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que assume a presidência do G20 em 2025. 

A Cúpula do G20 acontece nos dias 18 e 19.