27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27) começou no dia 6 de novembro e recentemente houve especulação que, sem os chefes dos governos dos países que têm as maiores economias e são os maiores poluidores, não será possível avançar nos compromissos de financiar programas de mitigação dos danos socioambientais nos países que sofrem as consequências das mudanças climáticas.

DISCORDAMOS.

Estão reunidas no Egito centenas de pessoas de países do mundo inteiro preocupadas com o iminente colapso ecológico do planeta, colocando em risco muitas espécies, inclusive homo sapiens. Pessoas de movimentos socioambientais, de empresas, cientistas e outras representantes de organizações da sociedade civil, trocando experiências, apresentando e debatendo propostas para mitigar os danos.

Ao nosso ver, estas pessoas têm influência na definição dos rumos de seus países e podem ter mais ainda. Por isso, se reúnem para situar seus esforços em nos respectivos países dentro do contexto mundial, assim voltarão subsidiadas com novas propostas que visem maior viabilidade no enfrentamento aos desafios.

A seguir, algumas observações do Instituto Comida do Amanhã, que participara da CPO pela primeira vez.

Pela primeira vez, dentro do espaço de negociações da COP existirão espaços inteiramente dedicados a debater sistemas alimentares e clima.

Existirão diversos debates com foco em apontar soluções para sistemas alimentares capazes de promover justiça social e sustentabilidade ambiental.

Diversas organizações debaterão sobre o papel central da agroecologia como modelo de produção justa, de alimentos saudáveis, de forma sustentável, incorporando o conhecimento popular, com produção diversificada e alinhada com os ecossistemas e as culturas locais, centrada na luta pela soberania alimentar.

 Se por um lado existe consenso sobre a importância de transformar os sistemas alimentares, não existe sobre qual o melhor caminho para fazê-lo. Existe muito a ser debatido, muitos interesses em jogo por diversas partes interessadas. Os temas são muitos, o debate é extremamente desafiador, complexo e urgente. E por isso também essa COP tem um tom especial.

Durante o evento diversos painéis serão palco para discussões sobre sistemas alimentares e clima. Cada pavilhão tem seu website próprio e por lá é possível consultar suas agendas e identificar quais os eventos que serão transmitidos ao vivo.

Fonte: https://www.comidadoamanha.org/post/o-que-esperar-da-cop-27-com-rela%C3%A7%C3%A3o-aos-sistemas-alimentares